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SONHO # 6

O CHAMADO

A PANDEMIA NOS CHAMA E NOS PERGUNTA: QUAIS SÃO NOSSAS PRIORIDADES COMO HUMANIDADE NESTE MOMENTO ÍMPAR?

 

QUAIS SÃO AS MEDIDAS IMPORTANTES A SEREM TOMADAS PARA NOSSA VIDA HUMANA EM GAIA.

 

NOS INTIMA PARA DAR UMA NOVA ORDEM EM NÓS: NOS CHAMA PARA RESACRALIZAR, O PRINCÍPIO ORDENADOR MÁXIMO: O DIVINO.

 

O SONHOS NOS REVELA A OPORTUINIDADE DE PURIFICAR-NOS NESTE MOMENTO HISTÓRICO .

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A NARRATIVA DO SONHO

"A rua estava deserta, o lugar era um subúrbio meio sombrio, paredes pichadas, um bairro carente. Eu apenas com uma camisa branca de gola e mangas longas, com um shorts bem pequeno e descalça, espero no ponto pelo próximo ônibus.  Ao avistar o ônibus sinalei como sempre, entrei e o ônibus continuou sua jornada.  Eu fiquei ali meio parada nos degraus de entrada, a porta do ônibus já fechada me protegendo do ar rápido ou até de cair para fora do ônibus com o chacoalho da estrada.  Ali, parada nos degraus eu olhava em direção ao motorista, de repente eu senti um tolete de cocô simplesmente saindo do meu anus.  Eu não tinha como segurar, era como se eu não tivesse absolutamente nenhum controle de segurar toda aquele cocô dentro de mim. Então eu simplesmente fiz, ali no meio de tudo e todos.  Como eu estava usando um shorts muito curto, o tolete saiu inteiro e vasou pela lateral da calcinha e ficou ali pendurado.  Com o balançar do ônibus pra lá e pra cá eu tinha a sensação que em algum momento o bendito tolete iria simplesmente cair.   

 Então, eu simplesmente decidi segurar o tolete com minhas mãos. O que mais eu temia naquele momento era que as pessoas do ônibus, incluindo o motorista logo, logo iriam desconfiar que alguém tinha feito cocô no ônibus porque o fedor iria impregnar o ambiente e as pessoas iriam se sentir desconfortáveis e até enojadas.  Eu aguentei firme ali, segurando bem o cocô enquanto o ônibus continuava o seu circuito em ruas esburacadas e o ônibus balançava demais, mas de alguma maneira eu conseguia me equilibrar segurando o cocô e movimentando com o balanço para não cair. Num determinado momento, alguém abriu uma janela que estava próxima de mim. Sem vacilar, eu olhei bem, mirei e joguei o tolete pela janela com as duas mãos mas de qualquer maneira minhas mãos continuavam sujas e consequentemente eu ainda temia que o cheiro iria se espalhar e as pessoas iriam descobrir que eu era a culpada por todo aquele fedor insuportável.  Então, decidi fechar meus dedos num pulso fechado e andei, meio que de cabisbaixa até a parte de traseira do ônibus.  Como não tinha mais nenhum passageiro no fundo do ônibus, eu decidi deitar-me no chão (entre os assentos). Ali, por acaso eu vi um par de luvas descartáveis.  Uma delas já estava meio rasgada na parte do pulso mas cobriria a parte da mão, então apressadamente coloquei as luvas para ver se assim conseguiria mais uma vez diminuir o cheiro e esconder as mãos cheias de cocô.

Com isso, eu dei um suspiro e sabia que pelo menos por um pouco eu teria um descanso mas não demoraria muito eu teria de achar uma solução permanente para esse problema.  Eu continuei deitada, agora olhando para o teto do ônibus e para o céu entre o vidro da janela, ali, quieta, meio escondida.  Tal o quê, de repente o céu que estava cinza e nublado começa a chover. Eu vi isso como um presente de Deus, levantei-me rapidamente, enfiei minhas duas mãos para fora do ônibus pela janela, tirei as luvas e comecei a lavar minhas mãos com a água da chuva. E um pensamento veio a minha mente: "Deus proverá."  Uma vez com as mãos mais limpas mas ainda meio pelada, ainda descalça perguntei para uma passageira qual era o itinerário e destino do ônibus e para minha surpresa descobri que tinha pego o ônibus na direção contraria do que queria. Mas naquela momento, não tive coragem ou iniciativa de sair do ônibus para pegar outro na direção certa. Apenas pensei o seguinte: "Se eu ficar aqui quietinha, o ônibus vai chegar no destino, dar meia volta e então estarei seguindo na direção certa." Ou seja, iria resolver o meu problema mas iria levar muito mais tempo. E ali fiquei... sabendo que estava indo para a direção contraria mas não fiz nada para resolver.... ou decidi não fazer nada mas simplesmente esperar para a situação se resolver sozinha."

Expressões Artísticas

Artista Eliane Gallo
criando sobre o Sonho #6

Música: Bleach
Músico: anatu
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