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SONHO # 4

O CHAMADO

A PANDEMIA sinaliza uma progressão a ser feita: de uma contrariedade agressiva, que nos deixa paralisados

(porque não tomamos nenhuma atitude somente nos contrariamos),

para uma tomada de

consciência na ação,

em comprometermos em expulsar,

em transmutar o que se desviou do alvo restabelecendo ou

inaugurando um equilíbrio entre o

dar e receber.

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A NARRATIVA DO SONHO

"Era preciso exorcizar forças muito ruins. Eu como bruxa estava fazendo uma espécie de ritual, sobre uma assadeira redonda, com fogo, palitos de fósforo (que queimava e cada cabecinha do palito em chamas parecia uma pequena caveira), cera de vela derretida (derreti no micro-ondas e joguei 1 ), queimei papéis, objetos. Era a sensação de que algo potente que deveria ser desfeito, cujas energias ruins deveriam transmutar. Eu colocava muita energia, um grito direcionado ao ritual, ao fogo, com a finalidade de exorcizar. Do meu lado era uma sensação do bem lutando contra algo maligno, sombrio, potente.

Parecia que eu estava só no ritual, mas ele e mais alguém desconhecido (estavam presentes e não estavam, foi apenas neste instante) preocupou-se se alguém notaria o fogo, alguém de outro apartamento. Eu não estava preocupada sobre isso, mas nesse momento olhei para fora. Eu estava na sala de um apartamento (onde fazia o ritual), pela janela dava para ver a noite lá fora e janelas de outros apartamentos iluminados (A sensação era de natal). Eu estava na janela de um 1º andar, pois o chão com árvores estava próximo. Era noite e havia natureza lá fora. Em dois troncos de árvores em frente a minha janela duas adolescentes escondiam-se atrás (parecia esconde-esconde e olhavam para onde a pessoa que as procurava viria). Um pouco para trás das meninas, uma grande ave estava no chão, tão grande que parecia mitológica ou pré-histórica, carregava um garoto (Para a ave era como um abraço, mas para o garoto a sensação era de aperto), que trazia na mão um fruto gigante com sementes (como um cacau aberto). O garoto fez algo para o pássaro, cuspiu ou jogou sementes (ele queria sair), algo que não teria efeito sobre o pássaro, no sentindo de vencer e soltar-se. O pássaro mordeu-lhe o nariz, mas também não o machucou, mas incomodou. Não soltou o garoto. Outro adolescente 3 via esta cena.3- Voltei minha atenção para o que fazia antes e o ritual estava chegando ao fim, com a queima dos objetos. No chão, ao lado da assadeira com cinzas, havia duas conchas, grandes 4 e espiraladas. Peguei e olhei dentro, estavam carbonizadas por dentro. Juntei ambas pela abertura e pendurei num canto da parede, como enfeite .  A sensação de olhar para este objeto pendurado, esse ‘enfeite’, foi de algo de mal gosto (pendurá-lo era algo de mal gosto). Mas não despendurei o objeto. Voltei meu corpo para o centro da sala. Havia ali uma árvore em plena florada (meio cerejeira, meio paineira). Era de tanta beleza e delicadeza! O branco da paina era tão puro, coloquei as mãos para coletar, peguei um pouco. Era natal! Eu ia pegar um lindo ramo florido para levar para meu pai."

Expressões Artísticas

Artista Flavio Gordon
criando sobre o Sonho #4

Música: Mumbai
Músico: ASHUTOSH
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